Lei, Graça e Obras

3.30 A Lei de Deus
Êxodo 20. 1-17;  Salmo 115.3;  Mateus 5.17- 20;  Romanos 7.7-25; Gálatas 3.23-29

Deus governa por meio de leis. A natureza tem leis que mantém a sua perfeita ordem e, estas leis, são as maneiras de Deus estabelecer a ordem em seu universo. Elas anunciam Sua soberana vontade.

Deus é infinitamente Santo, Ele é qualitativamente absoluto em perfeição (Rm 11.33-36). Deus não segue nenhuma lei fora de Si mesmo, Deus é a sua própria Lei. Todas a leis partiram do Senhor para organizar as coisas criadas por suas mãos. Deus faz sempre as coisas certas, de acordo com Seu perfeito caráter moral. Suas criaturas precisam de lei para indicar o caminhão da retidão, porém Sua espontânea ação sempre é perfeita e santa em todas suas obras.

Assim como Ele faz, e o faz naturalmente, também deseja que nós façamos o que é certo. Por isso Deus criou leis para que o homem seguisse e vivesse um padrão moral, e criou também as punições aos que não seguissem esse padrão. A Sua lei é o padrão supremo de Justiça. Suas leis estão descritas por todas as Escrituras Sagradas(Bíblia).

A Lei de Deus é única, mas com bases morais, sociais e cerimoniais. Os judeus a chamam de “Torá” que quer dizer em Hebraico: Lei, ensinamento. A Torá são os cincos primeiros livros da Bíblia: Gêneses, Êxodo, Levítico, Numero e Deuteronômio. Por isso também receberam o nome de Pentateuco (cinco volumes).

A parte moral da Lei tem como base o perfeito caráter de Deus.  Por ser o caráter Divino a base, esta nunca mudará, por que Deus não muda (Mal 3.6).Um exemplo de leis com bases morais contidas na Escrituras é os Dez Mandamentos, escritos pelos Seus próprios dedos e entregue a Moises (Êxodo 20; 31.18; Deut. 5.22). Nos Dez Mandamentos encontram os princípios de toda a Lei contidas nas Escrituras.

As partes sociais da lei foram criadas por Deus para organizar a nação de Israel e por isso são exclusivas desta nação. Muitos dos princípios sociais (casamento, bens pessoais, herança, criminais…) por todo mundo são semelhantes a elas.

As partes cerimoniais da Lei eram baseadas em cerimônias que simbolizavam a presença de Deus e a obra salvadora do Messias. Os símbolos destas cerimônias foram cumpridos em Jesus, o Messias.

Atualmente, somente as partes morais da Lei são obrigações dos cristãos. Ainda somos obrigados a fazer a vontade de Deus por meio delas. Mas a parte social e cerimonial da Lei de Deus se tornou a cultura de Israel e não constituem nenhuma obrigação ou princípios morais para os cristão.

Os seres humanos, assim como tudo o que Deus criou, não podem fazer e nem seguir leis feitas por si mesmo. A Bíblia ensina que pecado é não guardar a sua Lei (1º João 3.4), portanto nós somos dependentes da lei de Deus. Quando nós guardamos a sua lei, demonstramos que o amamos (João 14.15).

Autor: N.Mascolli F.    –  Baseado no estudo “A Lei de Deus” de R. C. Sproul, capítulo cinco, 1ª Caderno, Verdade essências da fé Cristã, ed. Cep.


3.31 A Graça e a Lei

Escreveu o apóstolo João: “Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo” (João 1:17). Na economia de Deus, a lei foi exposta em primeiro lugar e a graça posteriormente. O Antigo Testamento é dominado pela grande realidade da lei de Deus, tal como o Novo Testamento é dominado pela graça de Deus. Porém, como relacionar a graça com a lei, visto que a lei veio antes da graça? O Novo Testamento revela dois pontos de vista que erram quanto a isso, a saber: o legalismo e o antinomianismo.

O legalismo (abordado em Romanos 4 e 9-11; Gálatas 2-5 e Colossenses 2) fruta a graça divina, por buscar a retidão mediante a religiosidade e as obras da lei, encarando-as como parte do fundamento de nossa aceitação diante de Deus, justamente com os méritos de Cristo. Paulo, todavia, insistia contra isso, dizendo que a fé em Cristo para a salvação é uma confiança exclusiva, de tal modo que uma professa confiança em Cristo que não exclua totalmente a autoconfiança não é fé real, aos olhos de Deus. Por esta causa veio a advertência pauliana aos gálatas judaizantes, os quais achavam que precisavam suplementar a sua fé em Cristo com o ato de serem circuncidados: “De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei, da graça decaístes” (Gálatas 5:4). A observância da lei não desempenha qualquer papel na justificação. Esta se realiza exclusivamente pela fé, pois acha-se somente em Cristo e através dEle, e é somente pela graça. Confiar nas próprias obras, juntamente com a obra de Cristo, desonra-O, frustra a graça e priva a pessoa da vida eterna (cf. Gálatas 2:21 e 5:2).

No outro extremo o antinomianismo (abordado em Romanos 6; 2Pedro 2 e 1João) erra por transformar “em libertinagem a graça de nosso Deus” (Judas 4). Enquanto o legalista exalta de tal modo a lei que chega a excluir a graça, o antinomiano é fascinado pela graça ao ponto de perder de vista a lei, como uma regra de vida. Ele argumenta que, visto que os crentes estão “libertados da lei” (Romanos 7:6) e não debaixo da lei, e, sim, da graça (Romanos 6:15), com o perdão eterno já em sua possessão, não mais importa que tipo de vida eles levem. Embora o legalismo e o antinomianismo, segundo certo ponto de vista, sejam pólos opostos de erro, há, na teologia, e freqüentemente na experiência, um elo de ligação entre eles: ambos procedem da mesma fala suposição de que o único propósito da observância da lei é obter justiça diante de Deus. Assim sendo, o legalista ocupa-se em estabelecer sua própria justiça, ao passo que o antinomiano, regozijando-se no dom gratuito da justificação pela fé, não vê razão alguma para guardar a lei. Muitos dos antinomianos, na história, têm saído do legalismo por reação ao mesmo. Ambos os erros, porém, são respondidos assim que percebemos que a lei moral expressa a vontade de Deus para o homem em sua condição de homem. Jamais teve a finalidade de servir como um método de salvação (e, de qualquer forma, é inútil para esse propósito). A lei foi dada para guiar os homens na vida de piedade. E a graça, ao mesmo tempo que condena a justiça própria, estabelece a lei como regra de conduta. Escreveu Paulo: “Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos no presente século, sensata, justa e piedosamente” (2 Timóteo 2:11,12). Essa é a resposta final ao antinomianismo: a graça estabelece a lei.

Uma variante do recuo antinomiano em relação à lei é a reivindicação de que os crentes não têm qualquer necessidade ou dever de regularem suas vidas pela lei, visto que seus recursos em Cristo são suficientes para guiá-los. Assim, Lutero asseverou que a fé cristã naturalmente produz boas obras (ou seja, amor e serviço), por meio do impulso instantâneo. J. A. T. Robinson afirmou que o amor cristão traz embutida uma bússola moral, de tal modo que não precisa firmar-se sobre regras bíblicas, nem precisa necessariamente ser guiado por elas. Muitos têm falado sobre isto como se o impulso do Espírito, na consciência do crente, suplantasse inteiramente as instruções da lei.

Aqueles que tomam essa posição, frisam corretamente a espontaneidade interior da vida cristã genuína, bem como a criatividade ética do amor. Porém, eles separam o que Deus uniu, a saber, a obra do Espírito Santo em ensinar e a Palavra pela qual Ele o faz. O Espírito continua a gravar a lei de Deus em nossos corações durante toda nossa vida, instruindo-nos pelas Escrituras nos padrões de Deus e fazendo-nos julgar quão distante temos ficado da perfeição moral e espiritual que esses padrões incorporam. Em suas cartas, Paulo não só nos ensina acerca de Cristo e do Espírito Santo, mas, normalmente na segunda metade delas exercita crentes nos princípios éticos — isto é, na lei, conforme ela se aplica aos crentes (cf. Romanos 12-15; Gálatas 5-6; Efésios 4:17-6:9; Colossenses 3:1-4:6). Seria arriscado tentar ser mais sábio do que Paulo, em nossa maneira de ensinar a vida cristã.

Se nos lembrarmos que, como crentes, servimos a Deus não para adquirirmos a vida, mas por já termos a vida, como seus filhos e filhas já justificados e adotados, então não cairemos no legalismo que esses mestres temem; antes, veremos a lei de Deus como o código de normas da família e nos regozijaremos em procurar vivê-la desta forma, agradando ao nosso Pai celeste, que nos amou e nos salvou.

Paulo escreveu: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não de obras para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dEle, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2:8-10). A doutrina paulina da graça gratuita e soberana tanto humilha a soberba dos legalistas, que são justos aos seus próprios olhos, como condena a lassidão preguiçosa e irresponsável dos antinomianos. Entendido corretamente, esse ensino gera uma jubilosa segurança e uma incansável energia no serviço de nosso Salvador. Foi dito com muita propriedade que, no Novo Testamento, a doutrina é a graça, a ética é a gratidão (Romanos 12:1); e nosso Senhor ensinou que a pessoa que mais ama é aquela que é mais consciente do amor por ela demonstrado (Lucas 7:40ss.). O mundo veria muito mais piedade prática do que está vendo, se os crentes de nossos dias conhecessem mais acerca da graça de Deus.

J. I. Packer

Fonte: Extraído do livro “Vocábulos de Deus” de J. I. Packer, publicado no Brasil pela Editora Fiel. Compre este livro em http://www.editorafiel.com.br
Acervo do site http://www.Monergismo.com


3.32 O Tríplice uso da Lei
Sl 19.7-11; Sl 119.9-16; Rm 7.7-25; Rm 8.3,4; 1 Co 7.19; Gl 3.24

Todo cristão enfrenta a pergunta: “Como as lei do Antigo Testamento se aplicam à minha vida?” As leis do Antigo Testamento são irrelevantes para o cristão, ou existe algum aspecto em que ainda estamos presos a porções delas? Como a heresia do antinominianismo* tem sido cada vez mais penetrante em nossa cultura, a  necessidade de se responderem essas questões torna-se cada vez mais urgente.

A Reforma se fundamentou na graça e não na lei. Mesmo assim, a Lei de Deus não foi repudiada pelos reformadores.João Calvino, por exemplo, escreveu o que ficou conhecido como “O tríplece uso da lei”, para mostrar a importância da lei na vida cristã.

O primeiro propósito da lei é ser ela um espelho. Por um lado, a lei de Deus reflete a perfeita justiça de Deus.  A lei nos diz muito sobre quem é Deus. Talvez o mais importante seja que a lei revela a pecaminosidade humana. Agostinho escrever: “A lei ordena que, depois de tentarmos fazer o que foi ordenado e sentirmos nossa fraqueza debaixo da lei, apelamos a implorar a ajuda da graça”. A lei revela nossa fraqueza para que busquemos a força que se encontra em Cristo. Neste aspecto a lei funciona como um severo inspetor escolar que nos conduz a Cristo.

O segundo propósito da lei é restringir o mal. A lei, em si e por si mesma não pode mudar o coração humano. Ela pode, entretanto, proteger o justo do injusto. Calvino diz que este propósito, “por meio das suas temíveis ameaças e o conseqüente medo da punição, a lei restringe aqueles que, se não forem forçados, não levam em conta a retidão e a justiça”. A lei permite que haja um mínimo de justiça na terra, até que o juízo final se concretize.

O terceiro propósito da lei é revelar o que agrada a Deus. Como filhos de Deus nascidos de novo, a lei nos ilumina quanto ao que agrada a nosso Pai, a quem buscamos servir. O cristão tem prazer na lei da mesma forma que Deus mesmo se deleita nela. Jesus disse: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (Jo 14.15). Esta é função mais importante da lei: servir como um instrumento para que o povo de Deus lhe dê honra e glória.

Ao estudar ou meditar na lei de Deus, estamos freqüentando a escola da  justiça. Aprendemos o que agrada a Deus e o que o ofende. A lei moral que Deus revela nas Escrituras nos é sempre obrigatória. Nossa  redenção é da maldição da lei de Deus e não da obrigação de obedecê-la. Somos justificados não devido à nossa obediência à lei, mas para que possamos nos tornar obedientes à lei de Deus. Amar a Cristo é guardar seus mandamentos. Amar a Deus é obedecer sua lei.

*O Antinominianismo é a heresia que diz que o crente não tem qualquer obrigação de obedecer a Lei de Deus.

Sumário

1. Atualmente a igreja tem sido invadida pelo antinomianismo, o  qual enfraquece, rejeita ou distorce a lei de Deus.

2 A lei de Deus reflete sua santidade e nossa injustiça. Serve para nos revelar a necessidade que temos de um salvador.

3 A lei de Deus restringe o pecado.

4. A lei de Deus revela o que o agrada e o ofende.

5. O cristão deve amar a lei do Senhor e obedecer suas leis morais.

R. C. Sproul

Fonte: 3º Caderno Verdades Essenciais da Fé Cristã – R.C.Sproul. Editora Cultura Cristã. Compre este livro em http://www.cep.org.br


3.33 Mérito e Graça

Jo 15.1-8; Rm 4.1-8; Rm 5.1-5; 2 Co 5.17-19; Ef 2.8,9; Tt 3.4-7

Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie;” (Ef 2.8,9)

A questão do mérito e da graça é o cerne do debate histórico entre a teologia católica romana e o protestantismo. Uma das principais declarações da Reforma foi sola gratia – a salvação é somente pela graça de Deus. Os crentes não levam nenhum mérito propriamente diante do tribunal de Deus, mas confiam unicamente em sua misericórdia e graça.

Mérito é definido como aquilo que é devido ou merecido. A justiça exige que o mérito seja dado onde ele é merecido. Mérito é algo devido a uma pessoa por seu desempenho. Se não é recebido, uma injustiça é cometida.

A teologia católica romana fala três tipos distintos de mérito. Fala de mérito condigno, o qual é tão meritório que impõe uma obrigação de recompensa. Fala também de mérito congruente, o qual, embora não seja tão elevado como o mérito condigno, contudo é “apropriado ou congruente” para Deus recompensá-lo. O mérito congruente é alcançado pela prática das boas obras, em  conjunção com o sacramento de penitência. O terceiro tipo de mérito é o  super-rogatório, que é o mérito acima e além do chamado para dever. É o mérito excessivo conquistado pelos santos. Este mérito é depositado no tesouro do qual a Igreja pode tirar para aplicar na conta daqueles que não têm mérito suficiente para progredir do purgatório para o céu.

A teologia protestante nega e “protesta” contra todas essas três formas de méritos, declarando que o único mérito que temos à nossa disposição é o mérito de Cristo, o qual chega até nós pela graça, por meio da fé. A graça é o favor não merecido de Deus. É uma ação ou disposição de Deus em nosso favor. Graça não é uma substância que pode habitar nossas almas. Crescemos na graça, não por uma medida quantitativa de alguma substância dentro de nós, mas pela assistência misericordiosa do Espírito Santo que nos habita, o qual age graciosamente em nosso favor e sobre nós. Os meios de graça que Deus dá para  nos assistir na vida cristã incluem as Escrituras, as ordenanças, a oração, a comunhão e o nutrição da igreja.

Sumário

1. Nossa salvação é sola gratia – somente pela graça.

2. Não temos nenhum mérito pelo qual Deus seja obrigado a nos salvar.

3. A teologia católica romana faz distinção entre mérito condigno, congruente e  super-rogatório. Todos o três são rejeitados pelos protestantes.

4. Graça é o favor ou a misericórdia de Deus em nosso favor, que não merecemos.

R. C. Sproul

Fonte: 2º Caderno Verdades Essenciais da Fé Cristã – R.C.Sproul. Editora Cultura Cristã. Compre este livro em http://www.cep.org.br


3. 34 A Fé e as Obras
Rm 3.9 – 4.8; Fp 2.12,13; Tg 2.18-24; 2 Pe 1.5-11; 1 Jo 2.3-6; 1 Jo 4.7-11

Muitas pessoas supõem que ao tentar viver uma vida boa, já fizeram tudo o que é necessário para obterem o céu. Põe sua confiança nas boas obras que fazem com o fim de satisfazer as demandas da justiça de Deus.

Esta é uma esperança fútil. A Lei de Deus requer perfeição. Visto que não somos perfeitos, não temos a bondade necessária para entrarmos no céu. Desta maneira, nunca podemos sentir-nos realizados vivendo uma vida boa. Só podemos concretizá-lo confiando ma justiça de Cristo. Seu mérito é perfeito e é colocado à nossa disposição por meio da fé.

Crer que somos justificados por nossas boas obras à parte da fé e abraçar a heresia do legalismo. Crer que somos justificado por um tipo de fé que não produz obras é abraçar a heresia do antinominianismo.

A relação de fé e boas obras não acrescentam nenhum mérito à nossa fé diante de Deus e apesar da única condição de nossa justificação ser nossa fé em Jesus Cristo, se as boas obras não seguem nossa profissão de fé, isto é uma clara indicação de que não possuímos a fé que justifica. A fórmula da Reforma ´´e: “Somos justificados só pela fé, mas não por uma fé que está só“. A verdadeira justificação sempre resulta no processo da santificação. Se há justificação, a santificação inevitavelmente se seguirá. Se a santificação não resulta, é certo que a justificação não se fez realmente presente. Isso não significa que a justificação dependa ou se apóia na santificação. A justificação depende da verdadeira fé, a qual por sua vez inevitavelmente conduz às obras de obediência.

Quando Tiago declara que a fé sem obras é morta, está dizendo que tal “fé” não pode justificar ninguém, porque não é viva. A fé viva produz boas obras, mas essas boas obras são a base da justificação. Somente o mérito conquistado por Jesus Cristo pode justificar o pecador.

É um grande erro e de fato uma forma moderna da heresia do antinominianismo sugerir que uma pessoa pode justificada aceitando Jesus como Salvado, mas não como Senhor. A verdadeira fé aceita Cristo como Salvador e Senhor. Confiar só em Cristo para a salvação é reconhecer a total dependência dele e arrepender-se dos pecados. Arrepender-nos dos pecados significa submeter-nos à autoridade de Cristo. Negar seu senhorio é buscar justificação com uma fé impenitente, a qual na verdade não é fé.

Embora nossa boas obras não no proporcionem salvação, elas são a base sobre a qual Deus promete distribuir recompensas no céu. Nossa entrada no Reino de Deus é pela fé somente. Nossa recompensa no Reino será de acordo com nossa boas obras, as quais são, conforme disse Agostinho, um caso de graciosa coroação de Deus de seus próprios dons.

Sumário

1. Ninguém pode ser justificado por boas obras.Somente por meio da fé em Cristo podemos ser justificados.

2. Fé e boas obras devem ser distinguidas, mas nunca separadas. A verdadeira fé sempre produz obras de obediência.

3. A justificação é só pela fé, mas não por uma fé que está só.

4. A fé morta não pode justificar.

5. Fé em Cristo significa confiar nele como Salvador e submeter-se a ele como Senhor.

6. Seremos recompensados no céu de acordo com nossa boas obras, embora esta recompensa seja uma obra de graça.

Obras = Justificação   –   Falso

Fé + Obra    =    Falso

Fé = Justificação – Obras   –   Falso

Fé = Justificação + Obras   –  Verdadeiro

R. C. Sproul

Fonte: 2º Caderno Verdades Essenciais da Fé Cristã – R.C.Sproul. Editora Cultura Cristã. Compre este Livro em http://www.cep.org.br


8. 35 Liberdade

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